29 de jan. de 2013


JOVENS COMUNISTAS DE CAMPOS DOS GOYTACAZES SE REÚNEM PARA CURSO DE FORMAÇÃO!




Atenção, atenção companheirada de Campos e região! No dia 30 de Janeiro, Quarta-Feira, acontecerá o curso de formação política Nina Arueira com a participação do Professor de História Amaro Sergio, secretário de formação política do PCB em Campos, e colaboração dos companheiros da corrente sindical Unidade Classista.
Estratégia e Tática Socialista na Luta de Classes é o tema central do curso que será conduzido pela secretaria de Política da UJC. 

Aí vai a programação completa:

CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA: NINA ARUEIRA

Dia 30 de Janeiro de 2013

Local: SEPE – Ninho das Águias, SALA 514.

18:00h – Breve panorama sobre conjuntura nacional e internacional

18:40 – Seminário: A Estratégia e a tática socialista na luta de classes.

20:00h – Intervalo

20:20h Documentário : A revolução não será Televisionada
21:30h as 22:30 – GD sobre Cultura, Mídia e Movimentos Contra-Hegemônicos.

• O material teórico será distribuído aos participantes no dia e horário do curso. 

• Valor de inscrição 5,00 que será realizado na hora.

Organização: UJC/Campos RJ e Secretaria de Formação Política do PCB/Campos RJ

Colaboração: Unidade Classista/Campos RJ






20 de jan. de 2013

MANIFESTO DA UJC PELO CAHIS - UMA POLARIZAÇÃO BOA E NECESSÁRIA: LUTAR, ESTUDAR E FESTEJAR NÃO É CRIME!

Na primeira semana do mês de fevereiro ocorrerá a eleição do Centro Acadêmico de História, o CAHis. Em tempos de cinismo, oportunismo e camuflagens no movimento estudantil nós, estudantes da União da Juventude Comunista, declaramos abertamente o nosso vínculo político-ideológico e o compromisso de continuar fortalecendo a construção franca, sincera e aberta da política do nosso curso. O momento da eleição é muito importante para aprofundarmos a discussão acerca do projeto de universidade que queremos para a UFF e as perspectivas para o futuro. Com o objetivo de realizar um debate claro e democrático com o conjunto dos estudantes, escrevemos esse manifesto para apresentar nosso acúmulo e programa político.

 

Em meio à contra-reforma universitária

Os modelos universitários e educacionais sempre guardam relação profunda com as formas de sociedade que lhes abrigam, refletindo internamente a luta entre interesses e perspectivas das classes em disputa em um dado momento histórico. A Universidade Pública expandiu através do REUNI, mas não para atender as reivindicações históricas das classes populares, e sim as demanda do Capital por maior qualificação da força de trabalho. E é essa lógica empresarial que acaba por definir o caráter dessa expansão.

A educação superior pública passa a sofrer reduções brutais no seu orçamento e vai buscar novas fontes de recursos não estatais, consequentemente sendo obrigada a se submeter aos modelos de gestão produtivistas da iniciativa privada. Implementa-se a lógica da precarização/privatização da Universidade e da concorrência em detrimento da socialização do conhecimento. Assim, vemos o surgimento de cursos pagos geridos por Fundações de Direito Privado, como é o caso da FEC aqui na UFF; o ataque aos currículos dos cursos de graduação, como a exemplo da tentativa de dissociar a formação em licenciatura do bacharelado; a redução dos custos por aluno, com a diminuição dos gastos com assistência estudantil; a aprovação nacional da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), entregando o controle da gestão dos hospitais universitários à iniciativa privada; e talvez o mais preocupante, a submissão do conhecimento produzido coletivamente aos projetos individualistas ao invés do justo retorno dele à sociedade, entre muitos outros fatores preocupantes.



E a nossa História nessa história

Nosso curso possui a entrada anual de 204 novos estudantes. Os princípios que orientam a universidade atualmente levam a um atendimento muito insatisfatório desse crescimento. Acompanhando a tendência geral da universidade, acabamos por ter uma alta taxa de evasão da faculdade, basta comparar o índice de pessoas que ingressam a cada ano e as que conseguem se formar.

É flagrante a falta de uma política de moradia, já que mesmo aquela que vem sendo construída, cuja as obras são intermináveis, mal dará conta de uma turma, pois terá apenas 300 vagas. As bolsas são escassas e com valores muito baixos para que um estudante possa se dedicar ao estudo. O serviço do bandejão não dá conta da demanda hoje existente, o que se expressa em filas gigantescas. São infindáveis as dificuldades que os estudantes trabalhadores sofrem para manter-se na universidade.

Os estudantes de história da UFF tem problemas bastante singulares, mas que se relacionam com o projeto geral para as universidades brasileiras. O movimento estudantil da UFF, sendo o CAHis uma de suas expressões mais ativas, vem demonstrando a necessidade e a possibilidade de se formular e construir um projeto de educação qualitativamente diferente desse. Um projeto que alia a necessária expansão da universidade com uma democracia cada vez mais forte internamente e em conjunto da comunidade que a circunda, em vez da “ilha de conhecimento” que ela vem se tornando.


O Cahis feito por nossas mãos

A nossa participação na última gestão do CAHIS nos mostrou que é na base do movimento que podemos construir reflexões e propostas concretas de transformação de nossa universidade. Desde que assumimos, passamos por experiências únicas, enfrentamos debates importantes e o desafio de reorganizar o movimento estudantil para a luta política e a integração dos estudantes do nosso curso.
Estivemos presentes em cada uma das lutas que mobilizou o corpo estudantil nesses últimos tempos: o Plebiscito pela Gratuidade das Passagens e Contra os Cursos Pagos na Universidade; a luta contra a construção das Vias Orla e 100, que culminou com a ocupação da Reitoria, e o estabelecimento de uma pauta de reivindicações dos estudantes, em 90% garantida - entre elas, a paralisação das obras das vias, o transporte intercampi e a reforma do bandejão; a luta pela revogação do aumento da passagem das barcas; e mais recentemente a construção pela base da maior greve das universidade federais dos últimos anos.

Mas sabemos que o centro acadêmico não se resume às grandes questões gerais, que também temos questões específicas de nosso curso, e dessas também não nos ausentamos. Estivemos na luta por maior controle da liberação de professores das aulas da graduação no ano, defendendo os interesses estudantis; na organização e incentivo da participação dos estudantes da no ENEH; na organização das calouradas culturais com debates políticos para recepcionar os novos calouros; na realização da Chopada; do curso; na construção junto aos nossos companheiros do coletivo político-cultural História de Samba; na luta pela integralidade de nosso currículo, contra a separação licenciatura-bacharelado; no boicote ao ENADE, por um acompanhamento continuado do curso por parte do MEC e não uma prova cujos métodos contestamos e que não foram discutidos com professores e estudantes.

Embora façamos, em parte, uma boa avaliação dessa última gestão, nem tudo são flores. É nítida a dificuldade de articulação e maior participação dos estudantes no dia a dia do centro acadêmico. Enfrentamos debilidades organizativas nas calouradas, festas e eventos de maior interação no curso. Acompanhamos movimentações muito importantes no último período, ainda um tanto dispersas, como a Semana de Graduação de Pesquisa em História, a História de Samba, a revitalização da Copa Golzinho, dentre outras excelentes ações que imprimem vida ao Curso, e entendemos que elas precisam estar mais integradas. Sabemos que há muito a crescer e entendemos que nossas limitações serão superadas cada vez mais com a participação ativa dos estudantes nos fóruns e atividades do CAHis, o tornando progressivamente mais abrangente, democrático e coletivo! Defendemos este salto de qualidade, para que se seja um Centro Acadêmico ainda mais combativo e capaz de dialogar com o conjunto dos estudantes em sua diversidade. Queremos que nosso CAHIS se torne uma referência para toda a Universidade.


Criar a Universidade Popular! 

Para nós da UJC é possível mudar isso. Nossa luta é orientada pela organização de estudantes, profissionais da educação e movimentos sociais por um outro projeto, de uma Universidade verdadeiramente Popular, que atenda às reais demandas da população. Mas só conseguiremos construir esse projeto com a ação cotidiana nas bases. Vemos como essencial para essa construção um CAHis cada vez mais ativo, aglutinando estudantes para eventos culturais, esportivos, acadêmicos e políticos, na busca da devida integração com as classes populares. O CAHIS deve se reinserir no debate, mas sobretudo na formulação e execução de projetos de extensão popular.

Assimilamos as críticas às deficiências da gestão e concordamos com muitas, mas não entendemos que a solução para os problemas possa se dar com o rebaixamento do debate político. Pelo contrário, deve se dar pela construção sincera, aberta e coletiva de um programa com uma política radical de luta contra a privatização da universidade,mas sendo capaz de aglutinar as diversas expressões e pluralidade do nosso curso. Para isso, precisamos manter a autonomia frente a quaisquer interesses particulares, sobretudo de organizações que já se mostraram estreitamente vinculadas ao projeto do governo e dos empresários da Educação, desvinculadas com as demandas estudantis, como a UNE. Entidade de inestimável valor histórico, mas que hoje se vê aparelhada por oportunistas, cumprindo o papel de representantes dos empresários da educação pela manutenção do status quo.

Nós, comunistas, vemos com bons olhos termos uma eleição para o CAHIS polarizada entre duas chapas que defendem dois projetos distintos de Universidade - projetos que, no fundo, expressam duas concepções de mundo e de sociedade. Então pensemos em que tipo de sociedade queremos.
Será que queremos uma educação, como encontramos em documentos da UNE e de organizações que compõem parte da chapa de oposição, pautadaorientada pelo desenvolvimento nacional e o crescimento econômico, supostamente para “todos”, na perspectiva de forjar um novo pacto social? Este caminho parece ser mais fácil inicialmente, mas infelizmente este projeto, já em curso no Brasil, só aprofunda ainda mais a submissão da Educação à lógica do Mercado.

Nós defendemos a luta pela inversão desta ordem, de forma que as necessidades da maioria da população guiem o nosso projeto educacional. Para isso, nossas associações são bem claras: estudantes, trabalhadores, movimentos populares e professores que defendam a produção de conhecimento e o tripé “ensino - pesquisa - extensão” , no sentido da satisfação das demandas do nosso povo. Nosso compromisso nunca será com governos, reitorias, grupos privados dentro ou fora das universidade. Assim, temos a tranqüilidade de defender a massificação e democratização da vida do CAHIS, espaço para novas propostas, e para repensar a própria estrutura de funcionamento do mesmo. Para a UJC é possível mantermos um CAHIS combativo e inserido nas grandes lutas, com autonomia e mobilização, e ainda avançarmos na organização cotidiana, aberta e democrática.

Por isso convocamos os estudantes à luta!
Só quem ousa lutar, pode sonhar em vencer!
Vamos construir juntos o CAHIS!


UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA
http://ujcrj.blogspot.com.br/


14 de jan. de 2013

ENTREVISTA COM SIDNEY DE MOURA, O SIDÃO, SOBRE A SITUAÇÃO DE FRIBURGO

Em ocasião do aniversário de 2 anos da tragédia que afetaram a região serrana do estado, a UJC - Friburgo bateu um papo com um importante militante social da cidade. Professor da rede pública e da direção nacional do Partido Comunista Brasileiro, Sidney de Moura, conhecido como Sidão, recebeu nossa juventude com fraternidade para uma conversa sobre a continuidade da situação de risco para os trabalhadores de Nova Friburgo e as formas de revertermos esse quadro.


UJC - Sidão, você chegou a ser candidato a prefeito em 2008, e numa de suas propagandas, você apontava o risco iminente que corriam os moradores com as chuvas de verão, o risco de deslizamentos, devido à construção de moradias em locais inapropriados. Pouco mais de dois anos depois, se deu a tragédia. Além da força da natureza, quem mais você considera responsável pela tragédia?



Sidão - Em 2008 eu estive no bairro Maringá, e lá aconteceram muitas chuvas fortes, levando ao desabamento de algumas casas. Já havíamos detectado isso há muito tempo. Existem registros antigos de deslizamentos em Nova Friburgo, mas na época não existiam habitantes nessas áreas. O principal motivo delas se repetirem é o crescimento urbano desordenado. Nova Friburgo não se preparou para o "boom" populacional, e isso aumentou a gula das empreiteiras imobiliárias, que começaram a construir loteamentos irregulares, em locais reconhecidamente de risco. Construíram esses loteamentos sem nenhuma preocupação com estrutura e estudo geológico. Além disso, nunca se pensou em habitações populares decentes. A comunidade desses lugares começou a reivindicar equipamentos urbanos, serviços públicos, e esses serviços – vinculados a interesses eleitoreiros – depois de algum tempo, deram uma impressão de aparente normalidade das habitações dessas comunidades. É óbvio que as chuvas contribuíram muito, mas é preciso lembrar que hoje já existe pesquisa e tecnologia pra evitar esse tipo de coisa. Se você pega nos altiplanos do Peru, em condições de inclinação e índices pluviométricos similares aos daqui de Nova Friburgo, as habitações estão de pé. Quinhentos anos atrás os incas já sabiam como dar tratamento a isso, e a engenharia de hoje tem total condição de resolver isso. Mas como só foram levados em consideração os interesses econômicos, isso era apenas uma bomba de efeito retardado, e as consequências a gente está vendo até hoje.

UJC - E o poder público?

Sidão - Se você parar pra ver os cinco últimos governos não construíram casas populares. Deixaram que a população tivesse iniciativa de construir suas habitações sem nenhum acompanhamento da engenharia pública. Obras sendo aprovadas sem nenhum acompanhamento técnico, apenas para atender a interesses eleitoreiros. Houve tentativas de fazer seminários que procuravam esclarecer as diversas prefeituras da área dos riscos iminentes, órgãos técnicos das universidades se propondo a fazer análises do solo, a dar orientação para a expansão urbana e, ao fazer esse tipo de apresentação, não contavam com a presença de nenhum representante do poder público. Não há planejamento urbano, o Plano Diretor não é obedecido, a especulação imobiliária é muito grande, e o poder público não teve interesse em construir habitações.


UJC - Além dos mais 1000 mortos que tivemos na tragédia, tivemos milhares de desabrigados, que hoje em dia ainda estão esperando as casas populares que não receberam, alguns recebem o aluguel social, que é nitidamente insuficiente, então a gente pode observar uma tragédia social também, as pessoas estão desamparadas. O que você tem a dizer sobre isso?


Sidão - Bom, isso é um fenômeno da sociedade capitalista em nível mundial. Se pegarmos exemplos de outros lugares, a gente percebe que locais atingidos por algum tipo de tragédia - furacão, enchentes etc. - têm problemas com habitação por muito tempo ainda. Os governantes num primeiro momento chegam, prometem recursos - muitos que já pertencem aos trabalhadores - colocam um monte de empreiteiras pra fazer maquiagem, apenas pra faturar e não resolvem, pois tirariam os lucros das grandes empresas imobiliárias, caso se construísse em locais seguros para habitação. Temos que entender que habitação de qualidade vai muito além de moradia, envolve todo um processo de urbanização. O poder público não investe porque não existe interesse político. É inerente ao capitalismo, habitação decente só é possível num outro modelo de economia.


UJC - Como você avalia a situação política da cidade após a tragédia?

Sidão - O governo do estado é uma tragédia! Uma tragédia moral, uma tragédia econômica. Gosta das grandes obras envolvendo grandes empreiteiras. Nessa lógica o que se percebe é o descaso de um governo incompetente, que só se preocupa em favorecer seus aliados políticos. E o mesmo vem acontecendo em Nova Friburgo. Não se consegue vislumbrar governos que estejam voltados para os interesses dos trabalhadores. Como sempre, são feitas muitas promessas, que vemos claramente que não serão cumpridas, obras de fachada, quando o essencial – que é atender o interesse dos trabalhadores – é tratado com descaso.
            Pela montagem do governo atual, a gente percebe que pouca coisa vai mudar. O funcionalismo público continua abandonado. Os profissionais da saúde e educação ganhando uma miséria, enquanto os cargos comissionados prosseguem se ampliando.  A expectativa é que esse processo democrático que a gente vive que, no Brasil, vai se consolidando aos poucos, sirva para que a população vá fazendo experiências e de forma autônoma construa alternativas populares de poder.

UJC - E como a juventude, juntamente dos trabalhadores, pode contribuir para a mudança desse quadro?


Sidão - Os jovens serão os trabalhadores de amanhã. Eles têm que entender que pra mudar a sociedade, terão de tomar as rédeas da luta pela transformação da sociedade. Isso é fundamental! Não dá pra ficar sendo pautado pela lógica da competitividade. Para isso a juventude precisa de formar, se politizar, viver dia-a-dia o problema de sua comunidade. A juventude tem que construir entidades de representação estudantil, criar grêmios democráticos, livres da lógica capitalista, que procurem compreender e contribuir para melhora da educação nesse país. O jovem trabalhador precisa se organizar em locais de trabalho para defender seus direitos de melhores salários e melhores condições de trabalho. Nenhuma conquista que os trabalhadores tiveram foi dada, foi fruto de muita luta. A solidariedade, a luta e o compromisso com sua classe é que vão fazer com que as coisas mudem, na perspectiva dos interesses dos trabalhadores. E para isso não existe outro caminho que não a organização e a luta!


Juventude que ousa lutar constrói o poder popular!

8 de jan. de 2013

UJC CONVOCA PARA REUNIÃO DO NÚCLEO DE CULTURA EM CAMPOS


Dia 09 de Janeiro, às 14 horas a juventude anticapitalista de Campos dos Goytacazes se encontrará no Palácio da Cultura para a reunião de organização do Coletivo de Cultura da UJC. Entrará em pauta o caráter político de nosso movimento cultural, a organização sistemática do Coletivo e o início dos ensaios do grupo de teatro e o grupo responsável pelo movimento musical.
"Criativo, independente e revolucionário" são as palavras de ordem do Coletivo que já vislumbra como tarefa inicial a organização das atividades culturais e artísticas para dialogar com o conjunto da juventude e dos trabalhadores da cidade.
Convocamos a juventude a se unir pra lutar pelo Poder Popular, utilizando da     Cultura como elevada força de transformação social. 

Por isso Compas, dia 09/01 todxs lá!
Saudações Revolucionárias!