Cultura


Nas últimas duas décadas, a juventude mundial sofreu uma avalanche capitalista, através do neoliberalismo, que alterou não só as esferas econômica, política e social, como também afetou sobremaneira a cultura e a ideologia presentes na sociedade. Os reflexos da mundialização do capital na cultura concretizam-se, entre outros: na mercantilização dos bens culturais; na elitização do acesso à cultura; na homogeneidade de padrões culturais impostos pelo capitalismo; no fortalecimento de valores como o individualismo, o consumismo, a competição, o egoísmo; na marginalização de amplas massas da população a qualquer tipo de expressão cultural (como livros, cinema, teatro, ópera, etc.).

Neste cenário de avanço de uma cultura cada vez mais vinculada à mercantilização, um dos principais alvos é a juventude já que necessita ser moldada de forma mais intensa aos padrões culturais e ideológicos dominantes. Os meios de comunicação de massa cumprem, neste sentido, um papel fundamental na manutenção e legitimidade do sistema capitalista.

A batalha que travamos no campo cultural e ideológico é contra um inimigo extremamente poderoso, que não possibilita concessão a qualquer iniciativa que ponha em risco a sua hegemonia. Assim não podemos nos iludir com construção de alternativas de uma prática cultural, através dos mecanismos de financiamento e concessões oriundas do Capital.

Uma política cultural para a juventude deve pautar-se pela independência de classe, dando um caráter classista e popular aos trabalhos que os jovens comunistas devem organizar dentro da frente cultural.

É importante termos em mente que a UJC tem uma longa tradição na construção de uma política e de uma atuação na Frente Cultural. Devemos beber na nossa própria história de forma crítica. Ou seja, buscar elaborações e construções de camaradas que contribuíram decisivamente não só na política cultural da UJC, como dos movimentos de juventude brasileiro em geral.

Devemos compreender a cultura como manifestações artísticas, como teatro, cinema e a literatura, como instrumento combativo e militante. Mas também, como uma maneira de perceber, sentir e agir sobre o mundo. Aqui, cultura e ideologia se entrelaçam, constituindo-se como parte de uma totalidade social que devemos compreender dialeticamente.

Neste sentido, uma das bandeiras primordiais da UJC deve ser a BATALHA DE IDÉIAS, onde cada movimento junto às massas na Frente Cultural, seja uma trincheira cavada contra o sistema capitalista, no sentido da construção do processo revolucionário, rumo à sociedade socialista.

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